domingo, 1 de maio de 2016

Comida impressa..



A impressão 3D está se tornando cada dia mais comum. Ela é extremamente útil para a produção de protótipos em 3 dimensões e a reprodução de de peças sob medida. Hoje, já é possível adquirir uma impressora 3D por cerca de R$1.000,00. Essas impressoras 3D, utilizadas para a produção de peças plásticas usam polímeros termoplásticos como insumo. Mas agora, imagine se pudéssemos alterar o insumo, e utilizar como matéria-prima produtos comestíveis.
Sim, sim.. Muitos vão pensar que é uma besteira, pois artesãos já produzem alimentos em diversas formas, cores e tamanhos, e, portanto, isso não é necessário. No entanto, lembre-se que o produto resultante de um artesão está diretamente relacionado ao fator humano, como treino, sensibilidade, bom gosto e, muitas vezes, dom. Além disso, um dos grandes gargalos da produção artesanal é a capacidade de produção em escala.
Outros ainda poderão dizer que já existem métodos de produção em escala consolidadas e que já é possível produzir alimentos em diversos moldes. Sim, isso é verdade. Mas a qualidade dos formatos e a versatilidade desses tipos de produção são muito limitados, porque os equipamentos atuais têm grande dificuldade de alteração de estampas, formas etc.
Nesse contexto interessante e discutível, Godoi et al. (2016) escreveram uma revisão sobre a adaptação de impressoras 3D para a indústria alimentícia e suas possibilidades. Chocolate, queijo processado, açúcar, patê de carne, entre outros, já foram testados. Aparentemente, o grande problema não está sendo na adaptação do equipamento para utilizar um alimento como matéria-prima, mas sim em ajustar as condições do processo para que não exista alteração na textura dos alimentos. Essa técnica pode ser muito bem absorvida pelo mercado, se pensarmos nas possibilidade publicitárias que a possível alteração constante da forma de um produto pode fornecer. Espero que em breve os detalhes dessa inovação tenham sido resolvidos e que entre no mercado logo.
Abaixo apresento dois vídeos bem interessantes, um sobre impressoras 3D comuns e sua riqueza de detalhes e outro sobre impressoras 3D que usam cimento como matéria-prima.




Até a próxima :)

Godoi, F. C., Prakash, S. & Bhandari, B. R. 3d printing technologies applied for food design: Status and prospects. Journal of Food Engineering 179, 44–54 (2016)

Nenhum comentário:

Postar um comentário