A impressão 3D está se tornando cada dia mais comum. Ela
é extremamente útil para a produção de protótipos em 3 dimensões e a reprodução
de de peças sob medida. Hoje, já é possível adquirir uma impressora 3D por
cerca de R$1.000,00. Essas impressoras 3D, utilizadas para a produção de peças
plásticas usam polímeros termoplásticos como insumo. Mas agora, imagine se pudéssemos
alterar o insumo, e utilizar como matéria-prima produtos comestíveis.
Sim, sim.. Muitos vão pensar que é uma besteira, pois
artesãos já produzem alimentos em diversas formas, cores e tamanhos, e,
portanto, isso não é necessário. No entanto, lembre-se que o produto resultante
de um artesão está diretamente relacionado ao fator humano, como treino, sensibilidade,
bom gosto e, muitas vezes, dom. Além disso, um dos grandes gargalos da produção
artesanal é a capacidade de produção em escala.
Outros ainda poderão dizer que já existem métodos de
produção em escala consolidadas e que já é possível produzir alimentos em
diversos moldes. Sim, isso é verdade. Mas a qualidade dos formatos e a versatilidade
desses tipos de produção são muito limitados, porque os equipamentos atuais têm
grande dificuldade de alteração de estampas, formas etc.
Nesse contexto interessante e discutível, Godoi et
al. (2016) escreveram uma revisão sobre a adaptação de impressoras 3D para a
indústria alimentícia e suas possibilidades. Chocolate, queijo processado, açúcar,
patê de carne, entre outros, já foram testados. Aparentemente, o grande
problema não está sendo na adaptação do equipamento para utilizar um alimento
como matéria-prima, mas sim em ajustar as condições do processo para que não
exista alteração na textura dos alimentos. Essa técnica pode ser muito bem absorvida pelo mercado, se pensarmos nas possibilidade publicitárias que a possível alteração constante da forma de um produto pode fornecer. Espero que em breve os detalhes dessa inovação tenham sido resolvidos e que entre no mercado logo.
Abaixo apresento dois vídeos bem interessantes, um sobre impressoras 3D comuns e sua riqueza de detalhes e outro sobre impressoras 3D que usam cimento como matéria-prima.
Abaixo apresento dois vídeos bem interessantes, um sobre impressoras 3D comuns e sua riqueza de detalhes e outro sobre impressoras 3D que usam cimento como matéria-prima.
Até a próxima :)
Godoi, F. C., Prakash, S. & Bhandari, B. R. 3d printing
technologies applied for food design: Status and prospects. Journal of Food
Engineering 179, 44–54 (2016)
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