O intuito deste blog é postar informações
interessantes sobre as mais recentes descobertas. Quando digo recentes, quero
dizer de no máximo 1 ano atrás. No entanto, o crescente número de casos de
dengue, chikungunya e zika, que são doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti, me
fizeram orientar esse post de forma diferente.
Já em 2011, pesquisadores do Departamento de
zoologia, Universidade Annamalia, Índia, estudavam a capacidade larvicida e
repelente de um composto orgânico extraído de plantas chamado Ácido Tetradecanóico.
Não se assustem, embora o nome ácido apareça, esse composto é um ácido graxo,
ou seja, um lipídeo - uma gordurinha de plantas. Sivakumar et al. (2011)
observaram que a capacidade larvicida do ácido tetradecanóico chegava a 99,6 %,
em uma concentração de 30 ppm em solução aquosa. Também obtiveram
resultados significantes para a capacidade repelente, obtendo 100 % de
proteção por 1 hora contra o Aedes Aegypti. Ou seja, esse composto
impediu qualquer picada do Aedes Aegypti por 1 hora.
Este é apenas um dos vários artigos que
encontrei que trabalham este tema. É uma vergonha que investimentos
substanciais não tenham sido feitos na área com o intuito de promover uma
produção em escala desse ou de outro repelente ao Aedes Aegypti.
Uma vez que o ácido tetradecanóico é um composto
biológico, existe grande possibilidade de ser utilizado pelo ser humano sem
grandes efeitos colaterais. No entanto, testes devem ser feitos para
identificar qualquer existência de possibilidade de intoxicação do ser humano ou de
poluição do meio ambiente por concentrações elevadas deste composto.
Ah... Os resultados obtidos nessa pesquisa são
ainda melhores se considerado o mosquito comum Culex quinquefasciatus.
Durante o fim de semana vi um texto interessante
sobre as diferenças entre o Aedes e o mosquito comum. O link para esse texto
segue abaixo.
Mais informações no artigo abaixo,
Até o próximo post :)
Sivakumar, R., Jebanesan, A*, Govindarajan, M.,
Rajasekar, P. (2011) Larvicidal and repellent activity of tetradecanoic acid
against Aedes aegypti (Linn.) and Culex quinquefasciatus (Say.)
(Diptera:Culicidae). Asian Pacific Journal of Tropical Medicine,
706-710.
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