A adulteração de alimentos é algo antigo na industria de alimentos. Felizmente, com o aumento do controle da qualidade dos alimentos e da responsabilidade das empresas em relação a sua marca estas adulterações estão sendo cada vez mais facilmente identificadas ou mesmo evitadas. Mas ainda existem casos, por exemplo, no Brasil, é possível encontrar notícias de que leite foi adulterado com formol, soda caustica ou água oxigenada.
Na realidade este problema não é apenas brasileiro, do nosso jeitinho, como muitos amam dizer. A adulteração de alimentos é um problema mundial, pois o processamento pode fazer matérias primas diferentes assumirem características semelhantes.
Uma das áreas alimentícias mais afetadas pela adulteração é a de pescados, principalmente, os produtos processados. A troca de um tipo de peixe por outro é comum, uma vez que a textura, sabor e, até mesmo, estrutura anatômica dos peixes podem ser semelhantes.
Isso é um grande problema para a industria de alimentos, devido a necessidade de autenticidade dos rótulos e rastreamento do produto, e para a ecologia marinha que visa a manutenção de certas espécies de peixes.
Tagliavia et al. (2016) escreveram um ótimo trabalho sobre a necessidade de identificação dos peixes e comprovação da autenticidade dos rótulos. Neste trabalho, eles aprimoram a extração do DNA dos peixes e fizeram o sequenciamento. Através da extração e sequenciamento do DNA a identificação de alterações das espécies de peixes utilizadas e local da captura seria possível.
A técnica de extração de DNA utilizada pareceu promissora e aponta para um novo rumo do controle de qualidade dos alimentos num futuro próximo.
Até
Tagliavia, M. et al. Development of a fast DNA extraction method for sea food and marine species identification. Food Chemistry 203, 375–378 (2016).
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